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Ainda a "ressacar" as iguarias de ontem, hoje voltámos à "dificil" tarefa de juri. Dificil pq a cada restaurante que nos deslocámos fomos sempre bem recebidos à mesa. Para almoço escolhemos A Tasca, uma deliciosa Vitelinha brava estufada com lombardo, simplesmente divinal (prato a concurso), fomos ainda agraciados com os outros pratos que o Alexandre Teles nos deu a provar, onde destacamos a "mão" da Dª Rosa na confecção dos mesmos e das sobremesas. Almoço bem regado e saboreado.
Já empanturrados, não tivemos coragem de ir a mais nenhum, não só por ja estarmos a rebentar pelas costuras, como também já se tornara um pouco tarde para provar fosse o que fosse.
20h30 as provas da noite, fomos até ao Bairro Novo, onde o para além dos bifinhos de toiro com cogumelos acompanhados por um delicioso arroz de passas e amêndoas, o proprietário Amorim Peseiro, partilhou connosco muitas curiosidades relacionadas com o toiro bravo que poucos conhecem mas que ao saberem ficam admirados porque nem sempre o toiro bravo só serviu para as touradas.
Por último, O Farnel sempre bem recebidos. Para além do prato a concurso - as costeletas de vitela brava estufadas com batatas roladas e esparregado - o proprietário Carlos Peseiro colocou à nossa disposição tudo o que fazia parte da ementa para o dia de hoje. Como também foi aqui que bebemos o café fica o concelho do bagacinho amarelo e das sobremesas.
Para amanhã temos também a dura tarefa de visitar os Sabores de Coruche e o Choupo!
Inspire o seu paladar venha à Gastronomia a Coruche!...
Restaurantes aderentes:
- Sabores de Coruche
- O Choupo
- O Rossio
- O Farnel
- A Tasca
- Ponte da Corôa
- Bairro Novo
- Mira Rio
As Jornadas de Gastronomia de Coruche 2011 que decorrem no período de 7 a 9 de Outubro em Coruche, este ano têm um sabor especial.
Numa iniciativa levada a cabo pela Confraria do Toiro Bravo, este ano com um desafio aos melhores pratos gastronómicos que incluem o carismático sabor da carne brava, ao qual a população de Coruche e centenas de forasteiros que já se habituaram a esta gastronomia local, foi lançado o desafio aos restaurantes aderentes a colocarem a concurso o melhor da carne brava. Assim sendo um juri composto por três elementos da Confraria e pelo director do Jornal Lezírias, irão avaliar essas iguarias que a carne brava oferece.
A corrida à gastronomia começou hoje tendo sido visitados os seguites restaurantes: Mira Rio, O Rossio e a Ponte da Corôa.
No Mira Rio fomos brindados, por uma Sopa de Corno (prato a concurso - decidido pelo júri), uma espetada de carne brava e uma série de entradas tradicionais.
De seguida passámos pelo O Rossio onde degustámos uma extraordinária vitela brava com pimentos e cogumelos.
Quase com o estômago confortado o fim da noite foi na Ponte da Corôa, onde nos esperava um folhadinhos de carne brava (uma inovação a brindar) e uma aba de vaca brava com lombardo, aqui fica mais uma sugestão peça para provar o bagacinho caseiro, não se vai arrepender!
Foi nesta perspectiva de lançar também a carne brava que Alfredo Tomáz (presidente da Confraria do Toiro Bravo) disse ao LÉ: "levantei o cú do mocho e meti esta iniciativa a mexer.."
Amanhã e Domingo há mais o LÉ desafia todos aqueles que gostem de carne de toiro bravo e outros pratos típicos do concelho de Coruche a participarem neste evento que está quase a alcançar as bodas de prata...
É claro que este manjares foram sempre acompanhados pelos bons vinhos que se produzem no concelho de Coruche - este fim-de-semana Coruche inspira mas é a barriga cheia...
Restaurantes aderentes:
- A Tasca
- Bairro Novo
- Sabores de Coruche
- O Farnel
- O Choupo
- Mira Rio
- O Rossio
- Ponte da Côroa
Ficam aqui as fotos de hoje e delicie-se com o que pode encontrar em Coruche, esqueça o colestrol e os diabetes e venha encher a barriga com todas estas iguarias tradicionais.
No dia 29 de Abril, inaugurou-se em Coruche, mais uma edição do certame “ Sabores do Toiro Bravo “, o LÉ foi até lá e esteve à conversa com o presidente da câmara municipal de Coruche, Dionísio Mendes.
JL (Jornal Lezírias) -O que espera de mais uma edição, dos Sabores do Toiro Bravo?
DM (Dionísio Mendes) – Espero que seja uma edição que venha na sequência das anteriores, ou seja, com cada vez mais presença de público, com novas pessoas a descobrir os sabores do toiro bravo; que é uma carne de excelente qualidade.
Infelizmente, muita gente ainda não conhece a carne brava, mas este festival anual que fazemos em Coruche vai permitindo que esta carne seja conhecida de norte a sul do país. Este ano contamos com a presença de alguns espanhóis o que contribuirá também para uma melhor divulgação.
JL- Acha que Coruche já se afirmou como capital nacional da carne brava?
DM- Eu, penso que isso é evidente neste festival que nós fazemos, por todo o mundo taurino se conhece a carne brava; em Espanha utiliza-se bastante na gastronomia, em Portugal nem tanto, mas obviamente que Coruche é a capital nacional da carne brava.
JL – Quais os momentos altos deste certame?
DM- Para já, de inicio, há a nossa curiosidade de ver as novidades nas tasquinhas deste ano, depois para além da gastronomia, as noites em que há animação musical e a animação taurina em que podemos ver os forcados, assistir a concurso de cernelhas, assistir a demonstração de toureio por parte de jovens toureiros, enfim podemos ter uma noção de tudo aquilo que está associado ao mundo taurino.
Obviamente que o toiro neste certame é “rei”, pois ele vai ser o principal protagonista do nosso evento gastronómico, mas para além do toiro queria destacar a importância das novilhas bravas a servirem de elemento daquilo que é a tradição de lidar toiros, de brincar com os toiros, de fazer as pegas, de tourear, enfim… de fazer aquilo que é a animação taurina e que se faz popularmente por todo o país, mas especialmente aqui no Ribatejo e no Alentejo.
JL- Acha que a crise e o possível mau tempo para o fim-de-semana, podem afastar as pessoas?
DM - A crise, espero que não afecte muito, o mau tempo penso que vai ser bom para nós, pois outro grande atractivo e principal concorrente nesta altura do ano é a praia, e com este chamado tempo incerto, penso que as pessoas vêm antes para este espaço e acorrerão a Coruche em massa, como nós sabemos.
Este ano investimos em publicidade, fizemos uma grande campanha publicitária nas auto-estradas com outdoors, na televisão, na rádio, nos jornais, etc… Isso vai trazer muitas pessoas a Coruche, isso que se diz ser o chamado mau tempo, para nós vai ser bom, porque as pessoas não terão alternativa e virão a Coruche, comer e beber nos sabores do toiro.
JL- Qual o seu prato favorito?
DM- Gosto muito de carne, gosto muito de toiro bravo, gosto de tudo em geral por exemplo, carne grelhada, espetadas, nacos grelhados, dobrada, mão de vaca etc. Vou procurar durante estes dias ir variando nas diversas tasquinhas e no que vou comendo, porque involuntariamente gosto de tudo o que é de toiro.
Rui Duarte
Grupo D1
Santa Justa vs Montinhos dos Pegos – 2-0
Carapuções vs Malhada Alta – 2-0
Folgou as Fazendas das Figueiras
Grupo F2
Forense vs C.B.Samora Correia – 2-1
Granho vs Fajardense – 1-1
Grupo G2
Volta do Vale vs Rebocho – 0-1
Santanense vs Azervadinha - 1-0
Gostava muito de poder fazer um resumo em condições sobre todos os jogos desta jornada, mas tal não me é possível, pois o nosso repórter João Rolas não esteve presente em qualquer jogo, graças ao campeonato de Surf, prova que decorreu no rio Sorraia. Ainda não encontraram o vencedor, pois muitos dos surfistas continuam desaparecidos, uns ficaram estatelados contra a ponte, alguns deram à costa junto ao Lar do Monte da Barca e outros ainda estão a comer tostas no Del Rio.
Quanto ao futebol neste este fim-de-semana que passou, foi mau para quem acompanha o bom futebol, pois o S. Pedro estava chateado e mandou uma carga de água cá para baixo.
Em Santa Justa, choveu tanto que o arbitro ainda perguntou aos capitães de equipa se queriam jogar pólo aquático, balneários inundados e era impossível ver a marcação do campo, até parece que tinha passado a brigada de britadeiros anónimos e tinham apagado as linhas.
Nos Carapuções também se queixaram do terreno.
Em Santana passou por lá uma tempestade, levou os caixotes do lixo ao ar e até dobrou uma porta do balneário.
Na Fajarda, nada a declarar, pois com o tamanho do campo, até o S.Pedro acha que é castigo suficiente lá jogar.
Saudações desportivas.
Olá caros leitores,
Ando a ficar aborrecido com o que se está a passar por terras ribatejanas, mais concretamente em Coruche.
É verdade que a noite Coruchense é fraca, mas os poucos bares que temos tentam promover eventos para fazer a malta sair de casa e vir pessoal de fora. Eu, por muitas vezes convidei amigos de fora para visitarem Coruche e arredores, provarem vinhos e pratos regionais, mas agora, tenho medo. Isto porque Coruche está a tornar-se numa vila seca. Uma pessoa não pode tocar numa gota de álcool, se bebo uma cerveja num tasco, assim que estiver a sair, já estou a soprar no balão.
É verdade, todos os fins-de-semana, assim que saio da sede do meu clube, pimba, brigada.
- Olá, bebeu?
- Não Sr. Agente, fui jogar à bola e bebi uma grade de Coca-Cola a jogar à sueca.
- Ok, então venha lá soprar no “balão faz favor”.
- Ora, ora, 0,8gr de álcool no sangue, hein!
- A Coca-Cola estava estragada não?
- Ora Sr. Agente, devem ter metido álcool lá para me enganarem.
E pronto, multa. Uma batelada de dinheiro gasto e fica a noite Coruchense feita, na esquadra.
Já se está a pensar meter uma bola de espelhos e 1 DJ na cela da GNR, é tanta gente lá dentro que já da para fazer um bailarico.
Por falar em Bailarico, o Carnaval está próximo e duvido que haja bailarico.
A malta já nem precisa de Seguranças, já lá vai estar uma patrulha pronta para nos meter a soprar.
Quando volto para casa, de madrugada, já não tenho medo de ser assaltado, tenho medo é de encontrar agentes, com o temível balão.
Engraçado, sempre que penso nisto, vem-me à cabeça a música dos Ghostbusters.
Abraço, Tó Clismo
Mês de Fevereiro, o mês do Amor e do futebol espectáculo.
É neste mês que todo o homem revela a sua paixão pela sua mulher, oferecendo juras de amor, flores, cachaporra e chocolates com a intenção de lhes roubar a televisão para o regresso do bom futebol.
Liga dos Campeões, Liga Europa e 2ª fase da Liga Inatel.
O aficionado promete que não vai mais para o tasco, que fica mais tempo em casa com a mulher e filhos, inclusive durante a semana.
Ora, qual é a mulher que não fica radiante de tais palavras?
Até que começa a discussão, porque a mulher quer ver o Tristão e a novela Coruchense, enquanto que o aficionado quer ver o futebol, lembrando à mulher a tal promessa que lhe havia feito.
A verdade é que o bom aficionado é manhoso, assim sendo, ele prescinde da televisão para a sua esposa, dizendo-lhe que como bom marido o melhor é ver a bola no tasco e assim consegue passe livre para voltar à taberna.
Quanto ao sábado o dia mais esperado de cada semana.
Está mais quente do que nunca, pois já começou a 2ª fase, onde os grupos estão mais competitivos.
Confesso que eu próprio, estou em pulgas para que chegue Sábado, ver bons jogos com uma cerveja na mão e a pevide na outra.
E como nenhuma equipa quer perder, estou certo que irá haver grandes jogos e futebol duro.
Classificação do Grupo D1:
VOTAÇÃO TERMINADA!
Como tudo começou...
Depois de muitas histórias e polémicas, eles saltaram dos campos de futebol para o Jornal Lezírias, Carlos Chucharro, ex-roupeiro do Grupo Desportivo da Salgueirinha e Tó Clismo, ex-marcador de campo do Grupo de Amigos do Bairro da Areia.
Eles prometem informar tudo e todos sobre o Inatel no Concelho de Coruche, com relatos verídicos e honestidade acima de tudo.
A ficção não passa aqui…
Tudo começou quando o Director deste Jornal, ao passar pela estação de Metro do Martim Moniz, deparou-se com dois artistas a pedirem esmola para o almoço, com o seguinte cartaz:
“Uma esmolinha de 15€, por favor. Não é para a droga, é para almoçar no Chimarrão!”
O Director não se conteve e disse: “Vão mas é trabalhar malandros!”
Ao que a dupla responde: ”Ohhh Chefe, lá por teres cabelo à Patrick Swayze e estrutura do Fernando Mendes, não penses que és mais que os outros”.
E foi naquele instante que houve uma empatia entre o director e os dois artistas. O director apercebeu-se que esta era a dupla que lhe fazia falta no jornal, ou não.
O grande vencedor do quiz do mês de Janeiro foi Juca Cipó.
O regresso às aulas
Enquanto seres humanos que somos e nesta caminhada que é vida, um dos momentos mais importantes é a nossa entrada na escola.
É em meados de Setembro que tudo começa, a correria às papelarias, comprar livros, cadernos e canetas, lápis, etc. etc. Todo um conjunto de material indispensável para o sucesso de mais um ano escolar.
Lembro-me do meu primeiro dia de aulas, lembro-me de quase todas as caras que comigo embarcaram naquela aventura, o Pedro, o Marco, a Inês, a Teresa, o Alexandre, o Luís, o João, o Tiago, a Cláudia, a Filipa, a Dora, a Dorinha, a Rute, o Bruno, o João, a Sofia, a Cristina é natural que me escapem alguns, mas o que interessa é que estávamos ali para aprender.
Após a escola primária seguiu-se o ensino preparatório e dois anos depois o secundário. Para mim os melhores tempos da minha vida, é no secundário que julgamos que já somos adultos, os amigos mantêm-se e aparecem uns novos que por vezes se mantêm até hoje. É também no liceu que começam os primeiros namoros, e que também alguns deles nos marcam para o resto da vida, pois na nossa adolescência as coisas faziam sentido, éramos livres, havia respeito por colegas, empregados e professores, fumávamos na escola, tínhamos bebidas com gás, comíamos bolas de Berlim e batatas fritas de pacote, e não é por isso que uns são mais gordos que outros. Não tínhamos playstation, mas tínhamos o Lusitano (salão de jogos e o local onde a malta se encontrava, não havia telemóvel nem fazia falta, todos sabiam onde era o ponto de encontro). Não tínhamos amigos virtuais tínhamos amigos reais e sinceros, a amizade e união entre nós era real.
Isto tudo para comparar com os dias de hoje, onde as crianças são moldadas ao jeito daquilo que vêm na TV. Se no meu tempo um iluminado do governo nos apelidou de “geração rasca”, o que poderemos dizer desta geração? Talvez a “Geração dos Morangos com Açúcar”, não?
O nosso tema de fundo desta edição do Lezírias é o regresso à escola, onde fizemos um apanhado do ensino do sec.XXI.
Coruche, o Europeu de Pesca Desportiva e a Feira de S.Miguel
No mês passado tivemos como destaque principal do LÉ, o Campeonato Europeu de Pesca Desportiva. Parabéns Portugal! Parabéns também a todos os comerciantes que responderam ao apelo que lhes foi feito e trouxeram o comércio para rua! Mostrámos que somos bons anfitriões e soubemos acolher todos os que visitaram a nossa terra, que por sua vez deixaram a promessa do seu regresso.
Portugal ao ser Campeão Europeu de Pesca Desportiva, deu mais uma vez provas de que o desporto português não é só o Futebol, pelo menos ainda existem algumas modalidades que enaltecem o nosso país e fazem com que se ganhe umas medalhas de ouro e se oiça o Hino Nacional sem ser no dia 5 de Outubro. É urgente apoiar estas modalidades.
Se por vezes enalteço o que de bom se faz nesta terra, também aponto dedo ao que acho de errado. A Tradicional Feira de S. Miguel, entristeceu-me, aquilo não foi feira não foi nada, foi uma vergonha, comentei com alguém: “ a vergonha saiu à rua”. E foi verdade, para mexer a vila, e abanar a crise económica que também se abate por Coruche, a feira não pode ser feita quase na Erra, não faz sentido as pessoas não vêm. Em quase 33 anos de vida que tenho não me lembro de não haver corrida de Toiros no Domingo da Feira (vergonhoso), ainda falam em tradição? Pois realmente a tradição já não é o que era e cada vez mais este tipo de feira tem a sua existência condenada, pelo menos em Coruche a contagem decrescente já começou há alguns anos.
O Governo e as medidas de austeridade
Mais uma vez, fomos ludibriados, eu não fui porque não votei nele, mas “apanhei por tabela”, o primeiro-ministro é mentiroso, repito mentiroso, andou quase meio ano preocupado com os casamentos gay, pois seria isso que iria aumentar o PIB e reduzir o défice e a crise bem ali ao lado e o senhor primeiro-ministro caladinho, a situação estava (des)controlada. Depois veio o veredicto do caso Casa Pia e o caso Queiroz, ainda pelo meio apareceu uma estranha morte no Brasil, onde um dos suspeitos é um ex-politico português, e a crise continuou a ficar em segundo plano. Só depois de já não haver tema na praça publica que não desse para abafar mais a crise é que o governo desceu à terra e aprontou-se para mais uma vez “ir aos bolsos” dos portugueses que quando já não tiverem “tusto” para comer, não sei onde, nem a quem eles possam ir buscar mais dinheiro para apresentar os resultados mínimos à UE, talvez aos espanhóis?
Na conferência de imprensa que José Sócrates e o ministro das finanças Teixeira dos Santos deram para anunciar essas medidas, o primeiro-ministro comparou-nos à Espanha que iria tomar as mesmas medidas de austeridade, mas esqueceu-se de dizer que os espanhóis têm um IVA muito mais baixo, que o combustível é vinte cêntimos mais barato e que o ordenado mínimo espanhol é quase duas vezes o de Portugal. Aí mais uma vez atirou areia para os olhos dos portugueses.
Depois veio o ministro Teixeira dos Santos dizer que não dormiu porque não sabia como havia de transmitir aos portugueses as medidas. Mas senhor Ministro, se o senhor não conseguiu dormir, já imaginou a quantos portugueses tirou o sono?...
José António Martins
Director do Jornal Lezírias
Agora que a instituição Toni está oficializada, parece que já posso escrever à vontade que ninguém me vai bater. Por enquanto, claro.
Este texto, que eu teimo em apelidar de crónica, é sobre as minhas férias num SPA (Só Para descansar do Allgarve) em Mondim de Basto. Experiência a reter.
Caros Charnequenhos, quantas vezes não pensas: “Devia ler mais livros, jornais e revistas”.
Pois bem. Aqui enquanto spamamos, temos tempo para ler tudo o que te aparece à frente. Jornais é aos três por dia, revistas uma e a cena das novelas, e livros nenhum. Mas não é só isso que aprendes. Repara:
“Utilização de extintores:
1. Faça uma aproximação progressiva ao foco de incêndio;
2. A aproximação deve ser feita sempre no sentido do vento ou da tiragem normal do edifício (sistema de evacuação de fumos);
3. Não deve avançar se não tiver a certeza que o fogo não o envolverá pelas costas”????
Eu também não sabia, mas agora sei-li-o.
Aqui és o senhor do tempo. Tens os teus momentos “Zen Emotion”, que dão para falar mal de toda a gente, com a tua parceira, à beira da piscina.
Ali alcunhas tudo e todos: a pedante, o pintas 1, o pintas 2, o beto, a maluca, o cota farfalhudo, etc. Imaginas a vida de todos e falas mal de toda a gente que passa. Ou não fosses um charneco dos legítimos.
Como diria o povo: “nas tuas costas vês as dos outros”.
Talvez o que me causou mais stress foram as 2 moscas que pousavam, ora uma ora outra, sobre o meu delicado dorso.
Uma tarde quando estava neste pequeno paraíso Spazeiro, começou a chover e desapareceram as minhas amigas moscas.
Pergunta para queijo: “Para onde vão as moscas quando começa a chover?”
Eis um dilema que me assombrou durante essa tarde tristonha.
Mas felizmente encontrei a resposta num recanto deste cérebro, reconhecidamente inteligente.
Resposta win: “As moscas vão para o mesmo sítio que vai a carne do sexo masculino (pilinha, para os mais desatentos) quando fica murcha. Pormenores, portanto.
Realmente nada melhor para retemperar as forças e ganhar energia para uma nova etapa.
Um dia quando estava a jacúzzar, lembrei-me de uma anedota: “Sabes qual é o cúmulo do oportunismo? É aproveitar o mau cheiro e soltar os seus próprios gases intestinais”.
Não tardei muito a pôr em prática tal anedota. Aproveitei ali, a meio do Jacuzzi, e soltei um viril pum. Espectáculo. Ninguém se apercebe de nada, tanto pelas bolhas como pelo barulho. Só dou um conselho. Solta primeiro um gás sozinho, antes de fazeres a experiência. Pode ser daqueles que não cheirem lá muito bem, e aí adias o processo.
Para terminar, e só para meter ferro, vivi um dos maiores sonhos que qualquer homem pode viver em Portugal. Dos vários dias que lá repousei, estive dois dias praticamente sozinho com a minha mulher e a Cláudia Vieira em plena piscina e cenas afins.
Nada planeado obviamente, mas desconfio que ela soube que se encontrava lá o Great Rosmaninho e decidiu ir “descansar” cof cof cof... (tá bem abelha).
Em caso de dúvida convém que se diga, meus caros: “ Com o Toni Rosmaninho gostas muito, mas apanhas pocachinho”.
Toni Rosmaninho
(se se sentirem mais à vontade, podem me chamar Ruru).
- O Rancho Folclórico Regional do Sorraia regressou recentemente da Polónia onde representou Portugal num importante Festival Internacional, em Zielona Gora. Este Festival foi certificado pela CIOFF, onde esteve presente em várias actuações deste grupo um membro desta entidade distinguindo o Rancho Folclórico Regional do Sorraia como o mais genuíno, o mais verdadeiro em representação Folclórica e etnográfica. Neste Festival estiveram presentes a Moldávia, Macedónia, Lituânia, Alemanha, Eslováquia, Argentina e Polónia. Todas as representações internacionais, foram recebidas no centro de cultura daquela cidade, onde houve troca de lembranças entre grupos e entidades dos respectivos Países. As actuações do grupo foram feitas na cidade de Zielona e também nos estados vizinhos, sendo este grupo muito acariciado pelas gentes daquelas localidades, onde a comunicação não foi problema. Nestes 9 dias há que destacar a Gala e a Parada, onde a primeira foi na sexta-feira num anfiteatro com cerca de 10 mil pessoas. A representação fez-se de todos os Países, havendo no final a partilha de todos os elementos num espectáculo memorável encerrando a gala com um magnífico fogo-de-artifício iluminando toda a cidade. A Parada fez no Sábado com a participação de todos os grupos, com organizações locais num desfile com cerca de 1,5 km, milhares de pessoas a assistir onde se podia ouvir a palavra “Portugália”, com muitos aplausos á mistura. Salientar que na gala de encerramento estava presente um membro da CIOFF da Holanda que nos fez um convite para estar em 2011 num Festival Internacional na cidade de Burgon.
“ Para finalizar este grupo com 45 anos de existência, conclui que foi muito enriquecedor conviverem 9 dias num ambiente familiar e também a Interculturas com os outros Países que proporcionaram alegria, convívio, e festa todas as noites para fortalecer as energias do dia seguinte. Sentimo-nos muito orgulhosos na representação Portuguesa neste Festival Internacional Zielona Gora 2010.Foi muito gratificante ter feito esta viagem a tantos km do nosso Pais.”
Direcção
Cristina Silva
As Pontes de Coruche são uma das imagens de marca desta vila ribatejana. Recentemente requalificadas, as sete pontes sobre o vale do rio Sorraia ganharam ainda mais singularidade. Em três quilómetros encontra 7 pontes… sendo que a cor dessas 7 pontes vai do amarelo ao encarnado, num degradé peculiar!
Incluído na programação da campanha Coruche Inspira (www.corucheinspiraturismo.pt), surge esta oferta turística, Passe as Pontes em Coruche, vocacionada para as escapadelas de fim-de-semana e para as sempre tão bem-vindas pontes para fins-de-semana prolongados!
O Município de Coruche é o promotor desta oferta turística, que tem como objectivo atrair ainda mais visitantes ao concelho, durante o fim-de-semana prolongado de 1 a 5 de Outubro.
Os argumentos são fortes! Começando pela deliciosa gastronomia local, passando pela cultura e terminando nas actividades de lazer ao ar livre.
As Jornadas de Gastronomia de Coruche são um dos mais antigos eventos turísticos do concelho e da região. Realizam-se há mais de 20 anos, envolvem os restaurantes locais e dão a provar os sabores tradicionais do Ribatejo, já com um toque do vizinho Alentejo. Ao menu gastronómico junta-se música, folclore, teatro e muita animação.
Em paralelo decorre a XXVI Feira do Livro, um espaço onde pode adquirir bons livros a preço de saldo. Mas este evento não se fica pela literatura. O Artesanato e a Feira Rural irão complementar este espaço onde poderá comprar uma recordação de Coruche ou os mais frescos produtos biológicos, das batatas ao mel, dos legumes à fruta.
A Feira do Livro tem ainda patente uma exposição de tributo ao Nobel da Literatura recentemente falecido, José Saramago. Há também uma exposiçÃo evocativa do centenário da república: “100 Anos de República(s): Presidentes da Câmara Municipal de Coruche”, uma mostra que está patente ao público em plena Praça da Liberdade, em frente ao Edifício dos Paços do Concelho.
Não deixe ainda de visitar o Museu Municipal de Coruche, o recém-inaugurado núcleo tauromáquico e a Escola Museu Salgueiro Maia (www.museu-coruche.org).
A frente ribeirinha de Coruche convida a um passeio relaxante, com paragens obrigatórias no Jardim 25 de Abril e no Parque do Sorraia. Outra das imagens de marca de Coruche é a Igreja de Nossa Senhora do Castelo: é obrigatória uma visita ao antigo Castelo de Coruche, onde encontrará um miradouro fantástico sobre a Lezíria ribatejana. Para terminar, as sinuosas ruas do centro histórico de Coruche são também merecedoras de uma visita. Aí poderá encontrar edifícios de grande interesse arquitectónico: solares, igrejas, um pelourinho, fontanários e praças acolhedoras.
Para quem procura actividades de lazer em contacto com a natureza, Coruche apresenta um conjunto de ofertas diversificadas: descida do rio Sorraia em canoa, passeios a cavalo, parapente a motor, balonismo, esqui aquático, btt, todo-o-terreno, caça e pesca. (ver mais informação e contactos em www.corucheinspiraturismo.pt).
Contactos:
Estalagem do Sorraia
Telefone: 243 669 050
e-mail: estalagemdosorraia2@sapo.pt
Búzios
Telefone: 919 638 575
e-mail: buzios_ansc@hotmail.com
Coudelaria Vale de Pau
Telefone: 938 510 332
e-mail: valepauneto@hotmail.com
Ski Clube Quinta Grande
Telefone: 243 618 954
e-mail: info@skiclube-quintagrande.pt
Balonismo
Telefone: 913 188 426
e-mail: info@windpassenger.pt
Paramotor
Telefone: 934 142 635
e-mail: jmnunespinto@gmail.com
22.ªs Jornadas de Gastronomia – 2 a 5 de Outubro
Aproveite as Jornadas de Gastronomia para degustar alguns dos pratos tradicionais do concelho de Coruche: Sopa de Feijão com Couve, Febra e Cachola de Azeite e Vinagre, Favas com Chouriço, Bacalhau Assado com Migas ou Ensopado de Borrego são algumas das sugestões que os restaurantes da terra propõem. Para sobremesa, o Arroz Doce, as Areias do Sorraia e o Bolo de Mel afirmam-se na doçaria típica do concelho.
Não deixe de acompanhar a refeição com os vinhos regionais.
Restaurantes aderentes:
A Tasca
Bairro Novo
O Choupo
Mira Rio
O Farnel
O Rossio
Ponte da Coroa
Sabores de Coruche
Programa:
Dia 2 de Outubro – Sábado
Almoço e Jantar: Cantigas à desgarrada
Cantigas na Eira
Dia 3 de Outubro – Domingo
Almoço e Jantar: Folclore/Fandango
Gafanhotos
Tarde – 17H00: Sabores com Saber – Cook Showing (Cozinha ao Vivo) com o Chef Luís Baena
(ver http;//www.luisbaena.com)
Recinto da Feira do Livro – Praça da Liberdade
Apoios: Atlantic Meals e Metrimedida
Dia 4 de Outubro – Segunda-feira
Jantar: Grupo de Teatro Amador de Coruche ContaCenas
Teatro: 21h30 – “Breve História da República em Portugal” – Companhia de Teatro O Museu da Poesia
Auditório do Museu Municipal de Coruche
Dia 5 de Outubro – Terça-feira
Almoço e Jantar: King Mokadi
Gafanhotos
PRAÇA DA LIBERDADE
30 de Setembro a 5 de Outubro
Dia 30 de Setembro
18.00h - Inauguração oficial da Feira do Livro
Exposição/ Tributo a José Saramago: “Levantado do Chão”
Apoio: Fundação José Saramago
Exposição: “100 Anos de República(s): Presidentes da Câmara Municipal de Coruche
Organização: Museu Municipal
Exposição: “A República passou por aqui”
Organização: Pintores locais
Dia 1 de Outubro
Encontro com a Escritora Ana Maria Magalhães – Acção dirigida para os alunos das escolas do Concelho.
17.00h – Hora do conto: Contos com sabor a Chocolate
Actividade dirigida ao público infantil.
21.30h – José Saramago, Um escritor do mundo
À conversa com o escritor Miguel Real.
Presença do grupo “Mais Saramago”
17.00h – Hora do Conto: Contos e lendas e… mais umas prendas
22.00h – Noite de teatro: O Auto da Índia de Gil Vicente
Teatro Amador de Coruche: ContaCenas
Local: Auditório do Museu Municipal de Coruche
Entrada gratuita
Um Domingo para leitores de Palmo e meio! A família vem à feira fazer amigos com livros…Desconto automático na apresentação do vale: “Um Livro…Um Amigo”.
16.00h – Hora do Conto: Shiuu! O Pai vai contar uma história!
Actividade aberta à família.
Traga um livro, velhinho que seja, voz afinada e um bolso cheio de
Imaginação! Era uma vez…Conte você a história desta vez!
17.00h – Sabores com Saber: apresentação de um Cook Showing (Cozinha
ao vivo) pelo Chef Luís Baena, autor do livro Doce Vida.
Apoios: Atlantic Meals; Metrimedida
Encontro com o escritor José Fanha a propósito do seu mais recente livro “Era uma vez a República” – Acção dirigida aos alunos das escolas do Concelho.
16.00h – Hora do Conto: Vitória, Vitória, vai começar a História!
Actividade dirigida ao público infanto-juvenil.
17.00h – “Há conversa!”
Encontro com alunos da Universidade Aberta
21.30h – Noite de Teatro: “Breve história da República em Portugal.”
Inserido nas Comemorações do Centenário da Republica
Portuguesa.
Organização: Companhia de teatro O Museu da Poesia
Local: Auditório do Museu Municipal de Coruche
Na Hora do Conto a animação será feita pelos alunos do Curso de Animação Sociocultural da Escola Profissional de Coruche.
10.30h – Içar da Bandeira.
Hino Nacional cantado pelos alunos das Escolas do concelho de Coruche.
Local: Paços do Concelho.
11.00h – Inauguração da Exposição “Um olhar sobre a República”
Organização: Agrupamento de Escolas do concelho de Coruche
Local: Praça da Liberdade
Org.: CMC
Apoios: Fundação José Saramago; Bibliotecas Escolares/Agrupamento Escolas do Concelho de Coruche; Caminho Divulgação; Escola Profissional de Coruche
Barnabé
Com as mãos gretadas, das feridas saradas, puxava as redes mais uma vez. E mais uma vez nada traziam. Demorava quase uma hora a puxar a rede e no fim nada. Depois de as ter a bordo, sentava-se devagarinho, calmamente voltava a pegar nos remos, para novamente estender as redes uns metros mais acima. Podia ser que desta vez tivesse mais sorte, era já disso que se tratava. Sorte. Em nada dependia de astúcia. Tinha uma carrada de anos de pescador no rio, tirando uns meses de aprendiz de ferreiro, não tinha feito mais nada na vida. Embora conhecesse o rio como ninguém, soubesse quando e onde paravam as carpas, os barbos e as bogas, isso, agora de nada lhe valia. Era pescador. Pescador e de rio. As barragens, as indústrias, as curas dos campos, tinham feito desaparecer toda a criação de Deus Nosso Senhor, que ele com todo o carinho colhia. A idade e o maltratado corpo já não lhe permitiam o desembaraço de outros tempos, acordava já cansado e com dores. Um corpo de um velho quer é trabalho. Antes era pescador, agora sou aventador de redes. Dizia Barnabé com sabedoria. E tinha razão passava toda a madrugada e grande parte da manhã para apanhar um ou dois peixitos. Não dava nem para o tabaco. Lá quando o rei fazia anos conseguia uma boa pescaria, mas depois era complicado arranjar fregueses, agora muito chiques, habituados a comprar peixinho do mar. Noutros tempos não davam para as encomendas. Os tempos da vida pobre. Peixe fresco? O da ribêra. Bem bom.
Nem a falta de freguesia, nem a falta de pescaria, o faziam abrandar. Deitava-se cedinho para cedinho partir para a pesca. Valha me Deus (assim sem tracinho), o barco, esperava por ele. Faziam companhia um ao outro, os dois viúvos. Uma doença ruim tinha-lhes tirado Maria. Noutros tempos, às vezes, pescavam os três. Em não poucas ocasiões, Maria, subia a bordo, mas não para ajudar na faina, o luar das quentes noites de verão e o balançar do barco faziam o resto. Era como se os três, fossem um só. Foram muitas as noites bem passadas mas nunca deram frutos. Diziam na aldeia, a boca fechada, que Maria era seca como a tia, irmã da mãe. Essa situação deixa-a infeliz, mas para Barnabé nada disso importava, tinha-lhe um tão grande amor, que sempre que a via era como se fosse a primeira vez, os olhos faiscavam como a luz de um farol, o coração batia nos pulmões, como badalo de sino de igreja. Era muito feliz Barnabé e isso notava-se na rua, sempre a falar com toda a gente, sempre com uma piada na ponta da língua mesmo quando a pescaria era nenhuma. Às vezes Maria, perguntava-lhe enternecida, vais gostar sempre de mim? E Barnabé, enternecido respondia, cada vez mais. E assim foi de facto, invariavelmente durante os 43 anos de casados, e mais os quatro de namorados, o amor destes dois foi sempre a crescer até não mais caber no peito de Maria.
Quando Maria se finou, mudou-se o Barnabé, parecia que tinha morrido também, deixou de ir à taberna, praticamente não falava com os vizinhos, nunca mais voltou a estar com os amigos, deixou de comer, não fazia a barba, ainda arranjou um cão, mas o má raça, tinha medo da água e isso para um pescador não dava jeito nenhum.
Era ele, o Valha me Deus e o rio. Vivia para o rio, e agora que o rio ia também morrendo já pouco restava de Barnabé. O Valha me Deus, estava um pouco como o dono e o rio, velho de cansado porque tinha idade e gasto de desgosto, também por causa de Maria. A precisar de uma grande reparação porque já não tinha concerto, cada dia que passava, mais podre ficava. Barnabé sem dinheiro ia ele, a pouco e pouco, cosendo as feridas com tábuas velhas e deixando cicatrizes por todo o convés. Ultimamente trazia sempre uma saca cheia de areia porque as entradas de água era cada vez mais frequentes e tinha de correr a arrolha-las. Os vizinhos e os amigos quando o encontravam bem o avisavam, deixa-te disso Barnabé, tens a reforma, um dia ainda ficas no rio. Mas o nada que lhe restava era o rio e o Valha me Deus e não se pode tirar o nada que tem um velho homem cansado.
Uma madrugada quando se dirigiam para as redes que tinham deixado na noite anterior, ao Valha me Deus abriu-se um buraco, Barnabé que ia de costas, nem deu conta, depois outro, Valha me Deus começou a ranger, como que a dizer, acorda Barnabé estou a morrer. Barnabé só deu conta quando a água começou a subir pelas pernas acima, olhou os rombos e fingiu que não era nada com ele. Voltou a remar, nem se mexeu do lugar, Valha me Deus percebeu bem o destino e em nada se importou com isso. Ia ser como antigamente, Maria, Barnabé e Valha me Deus numa noite de luar. Barnabé continuou a remar, a água subia cada vez mais, mesmo com água pelo peito, Barnabé ainda remava. Olhou a margem pela última vez, e uma lágrima sua foi apagar-se no seu sorriso…deixou-se ficar, para ir ficar ao lado de Maria.
Pedro Lopes Boiça
Não sou a pessoa certa para fazer o rescaldo das Festas. No entanto posso falar daquilo que vi e daqueles que revi, do que gostei e do que não gostei.
Gostei das luzes, dos espectáculos. O fogo-de-artifício talvez tenha sido o mais bonito dos últimos anos. Não houve fartote de largadas e encierros.
Não vi a Procissão, mas sei que a devoção à nossa padroeira é cada vez mais e maior.
O ponto de encontro de toda a gente é o recinto das festas. À tarde, tentamos combinar um sítio para nos encontrarmos com os amigos e a resposta é sempre a mesma: “ali ao pé das tasquinhas” e assim é, passamos por uma vimos pessoal amigo que não víamos desde o ano passado e bebe-se um copo, dá-se dois dedos de conversa e continua-se a viagem por entre pessoas, cadeiras, carrinhos de bebé, um sem número de obstáculos que acabam por atrasar algum encontro que esteja marcado!
Com um copo de cerveja na mão, ou não vejo as pessoas a passarem, a sorrirem. Comentam o espectáculo de Rui Veloso: “espectacular, Rui Veloso é Rui Veloso, hoje há largada?” e não houve. Houve o Cortejo. Mais uma vez se foi ao baú à procura das tradições. Quem viu diz que foi bonito. Não vi, coisa que acontece acerca de 17 ou 18 anos. A vida assim o quis. Não se pode estar em todo o lado e ajuda ao meu pai é importante.
Não fui à corrida de toiros, mas foi o Joaquim Mesquita que no próximo LÉ fará ele o rescaldo da festa brava.
Comigo esteve um amigo de longa data que sendo forasteiro ficou impressionado com o que viu, a quantidade de gente, os espectáculos, as largadas, toda uma panóplia de eventos que só engrandecem as nossas festas – também o Miguel, gostou da festa, de Coruche e suas gentes. Deixou o elogio à Comissão de festas e a promessa de que voltaria para o ano.
Em nome do Jornal Lezírias deixo os Parabéns à Comissão de Festas, à Irmandade, à CMC e a todos aqueles que directa ou indirectamente contribuíram para este sucesso.
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A foto é do Pedro Ribeiro
José António Martins
(Director do Jornal Lezírias)
Foi no passado dia 18 de Julho, que o Jornal Lezírias organizou o seu primeiro evento, a mais que badalada conferência "Viagens com regresso marcado - Coruche".
Foi um fim de tarde caloroso, não só pelo calor que se fez sentir, mas também pelas histórias que os nossos convidados partilharam com o público que aderiu em grande número.
Brevemente estará disponível na página oficial do Jornal Lezírias (www.jornallezirias.com) breves momentos desta conversa de amigos. Vamos chamar-lhe assim porque na realidade foi o que aconteceu.
Obrigado a todos os convidados, obrigado à gerência do Café d'el Rio que disponibilizou o espaço, obrigado à CMC, por inserir o evento no programa da Semana da Juventude. E obrigado também a todos os que apareceram, pois sem eles, esta conversa entre amigos não teria tido o sucesso que teve.
Para breve anunciaremos a próxima actividade.
O Primeiro
O tempo passa num instante, e quando estamos a dormir, esse não conta. Não gosto de dormir, prefiro descansar. Se me perguntarem se gosto de trabalhar? Também não sou fã. Prefiro fazer coisas, coisas bem feitas, coisas que me orgulhe de fazer e que os outros se orgulhem do que fiz, é neste sentido que este novo projecto me move e comove.
Todos sabemos que o nosso país não vive propriamente uma situação económica e social estável, bem pelo contrário. Os sintomas passaram a doença, só resta saber se tem cura ou não e se tiver será para quando?
Mas cabe-nos a nós também cooperar, cabe-nos a nós remar contra a maré. O projecto Lezírias é um pouco isso, não é nenhum antídoto, mas pode funcionar como tal.
É arrojado nesta altura criar um jornal novo em Coruche? É. É porque para além de mim existem pessoas que no fim do seu dia de trabalho, não se entregam ao comodismo do sofá com uma cerveja na mão e o comando da TV na outra. O Lezírias é o oposto de tudo isso. O Lezírias será a entrega, a responsabilidade, o querer mostrar, aparecer, informar, aprender e ensinar.
O Jornal Lezírias vai alargar horizontes e perspectivas e assim sendo, todas as ajudas – financeiras ou não – são importantes. Contudo o que conta no final do dia é o seu prazer na leitura e o nosso na confecção da mesma. O inicio de uma relação apaixonante que esperemos ser longa, fiel e triunfante.
Antes de sair a primeira edição, há quem já tenha ditado e proclamado a céu aberto o fim do Lezírias. Também para eles vai o nosso brinde, porque se não existissem o sabor do Lezírias, certamente não seria o mesmo!
Apresento-vos então os novos colaboradores:
- Luís Claro
- Orlando Fernandes
- Joana Rita Lopes
- Tony Rosmaninho
- Inês Fernandes
- Maria Rita Paulo
-Joaquim Laranjo
-Bruno Gomes
-João Pedro Silvério
-Carlos Asseiceira
Não posso também de deixar de agradecer aos que connosco transitaram do projecto anterior, mostrando o seu afecto e confiança incondicionais.
O meu muito obrigado ao Paulo Pinto pela criação do logótipo do Jornal Lezírias.
Por último,desejo que desfrute à vontade do seu Jornal Lezírias, ele também é seu!
Boa leitura e até Agosto.
José António Martins
(Director do Jornal Lezírias)
Após, o jogo com a Coreia, voltei a acreditar que esta selecção poderia ir longe no mundial. No jogo com o Brasil, essa crença desapareceu como o dinheiro desaparece dos bolsos dos portugueses.
Queiroz inventa, Queiroz é um inventor, Queiroz é e sempre será o adjunto de Sir Fergunson no Manchester United. Queiroz não serve à selecção, Queiroz não serve aos portugueses nem a Portugal.
Os portugueses mereciam mais, Eduardo e Fábio Coentrãohoje mereciam mais. Quem é o Dany? O que fez ele para jogar na selecção? E o Pepe, que não joga sei lá há quantos meses? O Duda, será um dos sete anões? Ricardo Costa? O que o Deco foi fazer à África do Sul? Por muito que me custe dizê-lo Simão é jogador de segunda parte.
Surpresa foi Bruno Alves que sempre julguei, que só iria fazer o primeiro jogo, pois levaria vermelho directo aos 10 minutos e no entanto fez um campeonato limpinho. Cristiano é um jogador de clube, não é o Messias da Selecção. E Ricardo Carvalho não pode carregar com a caravela toda sozinho. Meireles, suou bem a camisola, mas não pode remar sozinho contra a maré. Os outros jogadores que não mencionei faziam parte desta tripulação desgovernada.
Sou português e custou-me a derrota com os espanhóis.
Mas enfim, uns Navegadores com um timoneiro como este, nunca chegariam a bom porto... Adios South Africa.
José António Martins
A selecção portuguesa de futebol não foi além de um nulo com a Costa do Marfim no jogo de estreia do Grupo F. Portugal dispôs de uma flagrante oportunidade de golo, com Ronaldo a enviar a bola ao poste, e pouco mais fez, em termos atacantes, até final da partida.
Na primeira parte, Portugal sentiu muitas dificuldades em sair do seu meio-campo, face à maior pressão dos africanos, e o seu contra-ataque raramente conseguiu causar perigo para a baliza de Boubacar Barry.
Contudo, após o descanso, Portugal surgiu um pouco mais adiantado no terreno, equilibrando as operações, mas, excepção para um remate de Meireles e de um cabeceamente de Liedson com algum perigo, voltou a não conseguir criar reais oportunidades de golo.
A Costa do Marfim, que curiosamente abrandou em termos atacantes após a entrada de Drogba, teve uma poderosa reacção nos últimos minutos e poderia ter levado à vitória. Porém, a serenidade da defensiva portuguesa impediu o pior.
Com este resultado fica tudo adiado com vista ao apuramento para a fase seguinte.
in SAPO desporto
Ao som estridente de milhões de vuvuzelas, começa hoje o mundial de futebol na África do Sul.
Por mais fracas que sejam e menos hipoteses tenham de chegar à final as equipas estão lá, o que interessa é ter chegado à fase final, viver e sentir o calor e o sabor de uma fase final do campeonato do mundo.
Também Portugal lá está, e segundo alguns experts na matéria, ainda o campeonato não começou e já dizem que Portugal, não é um forte candidato ao titulo. Porque será? Por não ter lá o Figo? O Rui Costa? O Eusébio? Já sei foi por o Nani se ter lesionado! Francamente.
Para ser sincero e o pouco que percebo de futebol, também não concordo muito com a convocatória do professor Queiroz, muito menos com a maneira como coloca a equipa a jogar. Mas é ele o Seleccionador, é nele e nos jogadores que convocou que temos de depositar as nossas esperanças e acreditar, acreditar que até "ao lavar dos cestos é vindima", e que com ou sem Figo, Rui Costa, Eusébio, Nani entre outros, a nossa selecção está lá. E é neles que temos de gritar e acreditar de corpo e alma.
E ficamos com uma certeza, que quanto mais tempo a selecção portuguesa estiver na África do Sul, menos os portugueses, se irão lembrar da crise económica, social e de valores em que Portugal está, que é muito mais grave do que a selecção não passar à próxima fase...
Força Portugal!
José António Martins
Dia de Portugal…
“Ai Portugal, Portugal do que é que estás à espera? Tens um pé numa galera, e outro no fundo do mar…”(Jorge Palma)
Sim é hoje mas a dúvida persiste. Celebra-se o que foi Portugal, ou o que é Portugal? O esplendor dos descobrimentos, a independência mítica, o comércio dos escravos que parece ser critério para o cognome de “pai da globalização”, ou por outro lado, celebra-se o país das auto-estradas, das portagens, dos Pec’s, da fuga ao fisco, dos subsídios europeus que substituíram os campos agrícolas, do rendimento mínimo distribuído à etnia cigana em troca da posse do cartel da droga, da indústria em declínio ou dos 800 Km’s de costa?
São demasiadas as coincidências por entre os acontecimentos dos últimos tempos. É escutas, é manipulação dos media, é acusações, suspeitas, falência dos cofres e dos valores. É demasiada a demagogia entre a classe política, e a sua promiscuidade com a economia privada não deixa antever alterações a curto prazo. A outrora nau lusitana lá vai, deitando água por tudo quanto é buraco, sem rumo, sem provisões, e pior, sem timoneiro nem nevoeiro que vislumbre alguém a caminho.
Hoje celebra-se Portugal, porque sempre se celebrou Portugal ao dia de hoje, mas não se celebra verdadeiramente e existem duas razões para isso. A primeira é que os organizadores da celebração, os políticos, poucos motivos têm para sorrir ou fazer sorrir dado o estado de coisas no país, e a segunda, meus caros, somos nós o suposto público das celebrações. Queremos lá nós, portugueses saber disso. É feriado, goze-se, é folga goze-se, a distracção é geral. O mesmo povo que levou 40 anos a soltar-se das amarras do estado novo é o mesmo povo que hoje prefere não ver quando olha, prefere gozar do que participar activamente no rumo desta nau que afunda. Consta que esta é uma característica lusitana, não é, garanto-vos. É somente o Século XXI em seu esplendor. Para quê política quando se pode ter praia, Ipod, X-box, Facebook, I-phone, I-Pad, Laptop, sexo seguro, fé, automóvel, telemóvel, faculdade, viagens low-cost pela Europa, biscates, o Mundial de futebol e roupa da moda barata?
“Politica? Façam-na os políticos!” e eles fazem-na.
Hoje é dia de Portugal, no entanto, além-fronteira, se perguntarem, hoje é dia de José Mourinho, Cristiano Ronaldo e Mariza e para os mais velhos de Eusébio e Amália, para nós portugueses, é feriado. Só.
Amadeu Dourado
Ps: não aderi ao acordo ortográfico.
José António Martins - Director
Pedro Boiça - Director Adjunto
Luís António Martins - Subdirector
Joaquim Mesquita - Coordenador Tauromaquia
Paulo Fatela - Coordenador Artesanato
Com o fim do “O Jornal de Coruche”, eis que surge uma novidade, um projecto, um sonho. O meu sonho e o sonho de todos aqueles que irão contribuir para que este se concretize. Surge o novo Jornal Lezírias.
Nova gente chegará enquanto outros partem, a própria vida é feita de boas vindas e despedidas.
Vivem-se tempos difíceis para todos nós, mas a palavra de ordem é só uma: Coragem, essa qualidade que fez de nós um povo independente e inovador.
Não é, nem há tempo para nostalgias, há que investir, aperfeiçoar, criticar, fazer parte, atingir consensos, no fundo lutar honestamente no mundo da informação e da cultura em prol de Portugal e das nossas terras e regiões.
Aprendemos todos os dias com o que de bom e de mal é feito, este novo jornal é um desafio, mas é disto que o povo vive, aprender, ensinar, ouvir e dar voz.
O povo precisa de um jornal capaz de, simultaneamente, informar, entreter e, acima de tudo, estimular. O “Lezírias” quer ser “isto”, seja lá o que “isto” for.
Saúde-se justamente o bem sucedido antecessor “O Jornal de Coruche” pela sua ascensão e contributo, mas hoje inaugura-se um novo estado de coisas onde o melhor de “O Jornal de Coruche” a par com a novidade desejada do “Lezírias”, abrirão caminho a outras regiões, outros pontos de vista, outras ilusões onde os mais novos, os idosos, os empregados e os sem-emprego, os ricos e os pobres em (ou sem) sintonia se possam exprimir sem o dogma da vergonha, do complexo ou do preconceito.
Eis o “Lezírias”, o jornal de todos, apartidário, democrata, ouvinte e porta-voz de todos e para todos, Coruchenses, Ribatejanos e Portugueses. Todos!
Uma nova Era começa aqui. Mãos à obra!
Está feito o convite ao passado e ao futuro: leitores, assinantes, colaboradores e anunciantes, fiquem connosco e quem quiser que se junte a nós. Que o futuro seja nosso e feliz!
Boa sorte Lezírias!
José António Martins
Director do Jornal Lezírias
. Deus quer, o homem sonha ...